Hospital Regional São Paulo anuncia ampliação de leitos de UTI em Xanxerê

Em entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira (19) o Prefeito de Xanxerê, Oscar Martarello, a Secretária de Saúde, Francis Mara Zago Pegoraro e o Diretor do Hospital Regional São Paulo, Fábio Lunkes, anunciaram novas medidas e ações para enfrentamento a Covid-19. Entre as medidas anunciadas está a implantação de 04 novos leitos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Xanxerê para atendimento aos pacientes da Covid-19.

Estiveram presentes também, o Presidente da Câmara de Vereadores, Sérgio de Souza Nunes, o vice-prefeito, Adenilso Biasus, a Coordenadora da Vigilância em Saúde, Caroline Cenzi, o Procurador Geral do Município, Fernando Dal Zot e o médico Vinicius Chies de Moraes, coordenador da emergência do Hospital Regional São Paulo.

De acordo com o diretor administrativo do HRSP, Fábio Lunkes com a ampliação dos 04 novos leitos de UTI, o HRSP terá um total de 20 leitos, o que, segundo ele, só foi possível com o envolvimento da Prefeitura de Xanxerê através da cedência de 05 profissionais da saúde. Ele explicou que para ampliar os 04 leitos de UTI Covid, foi necessário reduzir 07 leitos de enfermaria, reduzindo de 15 para 08 leitos, pois é necessário remanejar profissionais para atendimento, além da reorganização do espaço físico. “O Estado está mapeando os hospitais da região que tem condições para ampliar leitos de enfermaria Covid e com isso, os leitos de UTI ficariam com os hospitais de grande porte, com o atendimento a alta complexidade e os leitos de enfermaria ficaram nesses hospitais da região para atendimento dos pacientes”, esclareceu.

O diretor do HRSP explica ainda que a situação está crítica. Segundo ele, hoje tem pacientes na emergência, aguardando leito de UTI. Ele afirma que o vírus está atacando de forma cada vez mais grave e que não há estrutura hospitalar que aguente a demanda. “Além da grande demanda de atendimento, estamos com falta de profissionais por afastamento, pois estão com a Covid-19, além da falta de profissionais disponíveis no mercado para contratação. É um momento muito delicado e cada um precisa fazer a sua parte”, comentou.

O prefeito Oscar Martarello destacou que o município não está medindo esforços para participar desse movimento junto com o Estado e está, nesse momento, fornecendo profissionais de saúde necessários para a abertura desses novos leitos de UTI Covid no HRSP. Ele agradeceu ao trabalho de todas as equipes de saúde, que mesmo exaustos, seguem seu oficio com muito empenho e citou exemplos de profissionais liberais que estão voluntariamente ajudando nesse momento e oferecendo atendimento. “Não é momento para críticas ou de achar responsáveis, precisamos pensar nas pessoas e nos unir para vencer esse momento, pois não estamos medindo esforços para atender os pacientes e as famílias que estão sendo atingidas pela Covid-19”, esclareceu o prefeito.

O prefeito destacou ainda que todo o esforço feito pelas autoridades, serviços e profissionais de saúde, precisa de apoio e consciência das pessoas e da comunidade, para que elas não sejam em vão. “Se tiver algum estabelecimento ou empresa que não tiver cumprindo a sua parte, poderá ser fiscalizado e punido”, disse. Ele explicou ainda que, novas medidas poderão ser tomadas, para enfrentar esse momento de crise. “É necessário a colaboração de todos”, apelou. 

CUIDADOS BÁSICOS NECESSÁRIOS

De acordo com o médico Vinicius Chies de Moraes, coordenador da emergência do Hospital Regional São Paulo, é importante falar sempre e reforçar que as pessoas precisam seguir as regras sanitárias: uso de máscara, distanciamento, lavagem e limpeza de mãos com álcool em gel e principalmente, evitar aglomerações desnecessárias. Ele comentou que o HRSP enfrenta uma superlotação e que todos os setores estão cheios. “Toda a equipe está trabalhando, o HRSP – está trabalhando muito, porque as outras doenças não param. Estamos com a UTI Neo com 100% de ocupação, UTI geral com 100% de ocupação e 138 pacientes internados. É muita gente, pedimos que as pessoas procurem o HRSP somente em casos graves (urgência e emergência)”, explicou.

Segundo o médico, o momento que estamos enfrentando hoje é reflexo das ações de cada um há 15 dias. “Hoje a situação está colapsada, como será daqui 15 dias? Cada um precisa fazer a sua parte, para que possamos estar em uma realidade diferente”, comentou. Ele explicou ainda que existe uma central de regulação de leitos, onde todo paciente é cadastrado nesse serviço e equipes técnicas fazem a classificação dos casos e são eles, que definem se tem ou não tem vaga, e aonde tem essa vaga. “Estamos a dias levando pacientes para outros municípios e essa logística de escolha de ter ou não leitos e aonde ele será disponibilizado é a central de leitos que organiza”, explicou.