Projeto Semear retoma atividades neste mês nas comunidades do interior
O Projeto Semear – uma vida sem violência, desenvolvido pela secretaria municipal de Agricultura e Políticas Ambientais em parceria com a secretaria municipal de Assistência Social, passará a contar neste ano de 2020 com o apoio da secretaria municipal de Saúde. O objetivo continua sendo o mesmo, promover o combate à violência contra às mulheres do campo, porém com ações diferenciadas, voltadas à saúde da mulher.
Outra novidade do projeto para este ano é a divisão dos polos nas comunidades, onde ocorrem as rodas de conversa. De acordo com uma das idealizadoras do projeto, Alexsandra dos Santos, “atualmente Xanxerê possui cinco polos, visando atender mais mulheres, que moram longe dos locais de encontro, mas este ano pretendemos expandir para sete locais”.
No ano de 2019, 144 mulheres participaram das rodas de conversa e oficinas ministradas pelo Semear. Segundo Alexsandra, a expectativa com a expansão do programa e dos polos é aumentar a participação das mulheres.
O Projeto Semear não se detém apenas a Xanxerê. No ano de 2019, dada a repercussão, a vice-Governadora de Santa Catarina, Daniela Reinehr, e a Secretaria de Estado de Agricultura demonstraram interesse em expandi-lo para outros locais do Estado.
“Este projeto tem um custo baixo, é aplicável a qualquer município e principalmente, tem resultado. Através do Semear conseguimos retirar mulheres de situações de violência”, explica Alexsandra.
A Secretaria de Assistência Social ficou responsável no ano de 2019 por coordenar as rodas de conversa sobre a violência contra a mulher no campo, coordenado pela assistente social Samantha Roloff. “Falamos sobre as diversas formas de violência que a mulher sofre, como a física, sexual, matrimonial e psicológica. Deste trabalho, quatro mulheres pediram ajuda para romper o ciclo de violência”, explica Samantha.
Com base nos relatos provenientes das rodas de conversa, foi concluído que as ações no campo são de extrema importância, para auxiliar mulheres quanto aos direitos e também mostra que não estão sozinhas nesta luta.