Secretário de Agricultura fala dos prejuízos da safra de milho e soja com excesso de chuva

O secretário de Agricultura de Xanxerê, Valdir Zembruski, esteve visitando algumas propriedades rurais nesta semana para verificar a situação das lavouras com o excesso de chuva dos últimos dias.

Segundo ele, o agricultor que conseguiu colher a safra antes das chuvas desta semana conseguiu um produto de qualidade. “Estive ontem (quinta-feira) visitando lavouras no nosso município e é de se lamentar a forma como se encontra esse produto, principalmente a soja, com as vagens brotando no pé. A qualidade já caiu muito com a umidade desses grãos que ainda se encontram na lavoura”, ressaltou Zembruski.

Com a lavoura de milho não é diferente. Conforme relatou o secretário, as espigas estão brotando no pé e o agricultor foi impedido de fazer a colheita. “Tínhamos uma previsão de que nesta sexta-feira a tarde e talvez amanhã pudéssemos colher alguma coisa, mas infelizmente a previsão nos enganou e estamos sem poder fazer a colheita”, enfatizou.

Zembruski destaca ainda que cerca de 35% a 40% da soja ainda está na lavoura e um volume em torno de 20% do milho, o que é significativo, já que esta é uma safra excelente em quantidade, qualidade e em preço, “mas a partir desse momento a gente pode dizer que a qualidade está comprometida e já temos prejuízos a serem contabilizados”.

CLIMA

Outro agravante que pode fazer com que a perda da safra aumente é o clima. O secretário Valdir Zembruski disse que a região precisa de frio. “Se tivermos redução de calor, isso impedirá que aconteça a brotação desses produtos, mas se os próximos dias não forem favoráveis, sem condição de colheita, o prejuízo se agrava, aumentando a perda”.

Dados apontam para um acumulado de chuva nos três primeiros meses de 2011 de 570 milímetros. Zembruski mencionou que há lavouras cobertas de água no interior do município e, em função das chuvas torrenciais desta quinta-feira e sexta-feira, houve erosão em algumas lavouras.

EROSÃO

Segundo ele, a erosão não foi tão grave quanto a do ano passado, mas bastou para levar embora a resteva da soja e a terra, enfim, fazendo com que o produtor vá sentir a perda na safra futura por conta do excesso de chuva.

Zembruski lembra que em função do excesso de chuva, o solo está encharcado e, se não tiver pelo menos dois a três dias de sol, não será possível iniciar a colheita.

 

Assessoria de Imprensa